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Família Garcia Loguercio

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Contrariando a máxima (mínima no nosso ponto de vista) de que quanto mais quartos melhor; uma família nos procurou para transformar este apartamento em um espaço para que o casal e filhos além da família e amigos, pudessem ficar em comunhão. Um espaço para todos ficarem juntos, sabe?

E não se trata de priorizar as áreas sociais, apenas para garantir sucesso nos momentos de recepção, o que, definitivamente, é muito estranho do ponto de vista da funcionalidade diária dentro de um imóvel. Longe disso.

Eles tinham, desde o início, uma premissa que se repetia: a integração. E isso funciona super bem dentro de um apartamento grande desenhado prioritariamente para um casal. O risco de parecer estar sozinho é grande quando a divisão dos espaços não é bem pensada, ou quando a integração é desconsiderada.

Não! Aqui todos interagem durante o dia, e, se quiserem, conseguem privacidade com medidas simples; alternativas já utilizadas lá atrás em casas interioranas mineiras. Mas falo sobre isso daqui a pouco.

Antes, é importante ressaltar que neste apartamento, antes com 3 dormitórios, agora tem duas suítes fixas e um quarto reversível, que é também utilizado como escritório e biblioteca. Durante a maior parte do ano, as janelas, que integram este cômodo com as outras salas, permanecem abertas e com as persianas erguidas. Mas, eventualmente, podem vedar o espaço e garantem mais uma suíte.

A abertura da cozinha para a sala de estar/tv também é um trunfo para manter a família junta em ocasiões especiais. “É péssimo ficar sozinha na cozinha enquanto todos se divertem e batem papo na sala.” Desta forma, portanto, o balcão, entre elas, é um elemento que organiza esta ligação entre os dois ambientes. “Adoramos fazer as refeições diárias por ali mesmo”.

Por ser um apartamento antigo, a varanda não tem nada de gourmet, é apenas contemplativa mesmo; A cozinha ampliada, por sua vez, depois que demolimos um monte de paredes ali, abrigou um espaço para a churrasqueira da família, pedido urgente urgentíssimo de um dos filhos. Neste contexto a cozinha ampla e muito funcional passa também a ser um espaço onde todos se reúnem para cozinhar e festejar.

Muitas referências da Brasília modernista neste projeto; por sinal, importante ressaltar que o prédio que abriga este apartamento é do auge modernista Paulista. Desde os azulejos em mosaico decorando a parede da sala de jantar, até a escolha do porcelanato para remeter às construções em concreto, tudo foi pensando para fazer alguma associação com a capital do Brasil. Dois designers brasilienses foram escolhidos a dedo pelos proprietários: Samuel Lamas no desenho das poltronas da varanda e azulejaria assinada pelo artista plástico João Henrique. A sutileza do painel vitral que divide o hall de entrada com a sala de jantar também faz uma associação com este elemento está presente em muitos prédios candangos.